O mistério à volta de The Outlast Trials sempre foi bastante elevado. Sabíamos que se passava no universo de Outlast, mas que mais? Seria algo dentro do estilo de Dead by Daylight? Jogamos com quantos amigos? O que iremos fazer para sobreviver?
A Red Barrels decidiu levantar um pouco o véu deste novo título e deu acesso ao beta privado, durante o fim de semana de Halloween, a todos os que fizessem o pedido pelo Steam.
Assim que terminamos de criar o nosso personagem, que agora está algo limitado, sendo apenas possível escolher género, cara, cabelo e tonalidade da voz, somos logo atirados aos lobos. Ainda que esta introdução sirva apenas como ferramenta para ensinar as mecânicas de jogo, já me fez ficar suficientemente nervoso. Também ficamos com algumas luzes sobre o que se passa ali e o que precisamos de fazer para ser os próximos ratos de laboratório da Murkoff Corporation. Ou aceitamos ou morremos, não há grande escolha.
O próximo passo, agora que tomamos esta decisão tão importante, é passar por vários testes, os ditos trials, que não só vão testar a nossa capacidade para resolver alguns puzzles mas, pior que isso, a nossa capacidade para não nos mijarmos pernas abaixo.
De momento, só existe um trial disponível, o da estação policial, em que temos como objetivo levar alguém amarrado a uma cadeira até um dispositivo que o vai eletrocutar. O problema (como se isto já não fosse problema suficiente) é conseguir sobreviver a todos os desafios que nos colocam.
Há dois inimigos especiais que nos procuram por toda a estação, e mais alguns nos atacam quando menos esperamos e que acabam por chamar a atenção dos outros dois. Há ainda inimigos que são cópias de nós mesmos, mas com uma qualquer variação do nosso nome, que nos vão dar umas quantas facadas se nos apanham, mas basta uma corrida rápida para fora da área e eles desaparecem. E tentem sobreviver a isto enquanto têm de recuperar a eletricidade, empurrar uma cadeira pela estação, abrir portas que têm chaves escondidas dentro de corpos pelo mapa inteiro e, eventualmente, eletrocutar o dito indivíduo.
O fator diferenciador parece mesmo ser o passar por uma experiência típica de Outlast, mas ao lado de amigos. Jogos como Dead by Daylight podem fazer isso, mas falta-lhe aquilo que distingue Outlast de tudo o resto: o medo e sustos que nos fazem saltar da cadeira.
Durante uma hora e pouco, consegui completar o trial com um amigo, e não me parece que se torne mais fácil quantos mais amigos se juntarem. Dá para um total de quatro jogadores, mas em dificuldade normal, a dois, foi uma experiência verdadeiramente aterrorizante. Com os saltos que dei, nem sei como não saltaram algumas teclas do teclado, tais eram os espasmos que as minhas mãos tinham. Até o rato foi abandonado à sua mercê algures durante a sessão porque o meu braço decidiu reagir como se tivesse acabado de enfiar os dedos molhados numa tomada. Até sustinha a respiração quando me escondia dentro de cacifos ou debaixo de mesas e carros.
A fórmula está lá, e foi uma hora que ainda se faz sentir no corpo, tal não foi a carga de adrenalina que me fizeram sentir, resta saber se vão conseguir estender isto durante mais quatro trials. E que impacto isso tem quando escapamos e regressamos novamente à instituição onde somos mantidos como participantes deste “estudo”? Qual o propósito de tudo isto? Vamos realmente conseguir escapar das garras da Murkoff? E qual será o interesse em repetir os trials?
Resta aguardar pelo lançamento oficial de The Outlast Trials algures no tempo, já que por enquanto não há qualquer data prevista.
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