Uncharted: Drake’s Fortune é um videojogo de ação e aventura, desenvolvido pela Naughty Dog e distribuido pela Sony Computer Entertainment, tendo chegado à PlayStation 3 em 2007.
Confesso que não gostei nada de jogar este título. A primeira vez que estive a bater umas teclas num comando com este foi em casa do Ed. Na altura, o Ed e o Tony moeram-me a cabeça como se fosse carne picada para fazer hambúrgueres, e lá tive eu que ter a experiência. Lembro-me como se fosse ontem por causa dos gráficos e da jogabilidade. Os gráficos para quem estava a jogar um título da PS3 de 2007 (!!!!!!) eram lindos, e vou manter o meu espanto em todo este artigo. Agora a jogabilidade… Ui Ui… Então os tiros… Ui Ui Ui, tem muito que se lhe diga, de tal maneira que pensei em esquecer o jogo. Mais tarde o meu grande amigo Nuno voltou à carga e dei uma oportunidade à série! Não ao jogo. Garanto-vos que foi a melhor coisa que eu fiz!!
Este jogo revela-se na terceira pessoa, sob a pele de Nathan Drake, um aventureiro, saqueador estilo Indiana, que encabeça o trio maravilha composto por Victor Sullivan (Sully), um velho aventureiro endividado e braço direito do estiloso, e Elena Fisher, uma loiraça jornalista, como em qualquer aventura.
A aventura começa por Nate encontrar uma pista sobre o seu famoso ascendente e também pirata, privateer ou marinheiro descobridor Francis Drake, numa altura em que Portugal e Espanha “rulavam” neste calhau que anda à volta do Sol. Através da pista que obtêm levam-nos a um trilho de perigo, de ouro e aventura, sob o nome mais que famoso de “El Dorado”. Depressa se veem envolvidos em dívidas antigas, piratas, exército paramilitar, nazis e muito mais.
Nesta salganhada toda que mais parece o filme dos Cowboys e Aliens, Nate tem de escalar, saltar, e atravessar esta panóplia toda de perigos. Ao mesmo tempo vai tendo a sorte dos audazes, encontrando tesouros pelo caminho que o distam de uma certa personalidade pueril e cómica que vai apresentando sempre que existe uma cutscene.
Para além de uma capacidade atlética e de uma coragem muitas vezes irracional, Nathan tem uma grande capacidade de manuseamento de armamento, e todo ele é catado de inimigos derrotados. São três grandes grupos: pistolas, metralhas e caçadeiras. No entanto dada a descrição que o jogo me dá destas armas, vou ser taxativo e passar a enumerar todo este armamento de guerra: MP40, Ak-47, M4, Dragon Sniper, Moss-12, SAS-12, Mk-NDI, M79, mais as granadas. Na maior parte do tempo passamos a nossa vida aos tiros e aos estrondos, e de vez em quando à bofetada, pois o nosso menino também dá uns murros. Este jogo de aventura é de tal maneira dado à canelada que a maior parte do tempo passamos mesmo aos tiros! Por esta forma, justifica-se decorar as metralhas e darem um bom uso aos tiros e ao que apanham, especialmente porque os comandos da carreira de tiro são HORRÍVEIS. Sublinho que demorei muito tempo a adaptar-me a este esquema de jogabilidade e mira, e mesmo treinado, tudo parecia um Western antigo, onde se disparam zilientos tiros, e não acertam nenhum. Mais ainda, sempre que nos dão um tirito, as cores vão diminuindo, e no limite, fica tudo a preto e branco.
Ambiente e história são brutais. A forma como as cores são aplicadas e todo o esquema de montagem dos cenários estão todos muito bons. O grafismo para a altura é algo de fenomenal, e se não gostei de alguma coisa neste sentido, é na forma como Nate corre, parece que tem uma pinha no cu, de tão sofrível que é vê-lo correr. Tem alguns pormenores interessantes, como por exemplo a forma como a câmara se move em certos cenários, o que muitas vezes me fez lembrar o revolucionário God of War neste sentido.
Se vale a pena? Pela série dos jogos e pelas futuras aventuras de Nate ai não que não vale, nunca esquecendo que “Sic Parvis Magna”, a grandeza começa nos pequenos princípios.
Um abraço a todos!
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