Já todos devem ter ouvido falar de Valheim, um novo jogo de Survival que invadiu o Youtube, o Twitch e a Steam com a mesma ferocidade que os vikings representados no jogo faziam há séculos atrás.
Inicialmente podem pensar “porquê tanta expectativa em redor de mais um jogo de survival quando temos Don’t Starve (e Don’t Starve Together), MineCraft, ARK e Rust?”. Mas depois de poucos minutos a jogar Valheim vão perceber o porquê.
Para além do sempre um fator atrativo de te colocares na posição de um pioneiro, ao explorar um jogo sem tutorais, grandes explicações de Lore ou dicas online (o que é muito raro acontecer hoje em dia), Valheim vai conseguir trazer de volta todas as emoções que tinhas ao jogar outros videojogos deste género, antes de saberes perfeitamente como sobreviver com facilidade.
O jogo consegue pegar nos mesmos mecanismos que os seus antecessores, melhorá-los e ainda acrescentar novas mecânicas e detalhes que te vão facilmente viciar. Um jogo que é feito propositadamente para ser confuso e surpreendente, ajuda-te a aprender rapidamente os mecanismos básicos de sobrevivência (como fome, energia, construção, crafting, entre outros) e depois larga-te, para descobrires completamente sozinho todos os segredos do mundo à tua volta e como este te pode matar.
Existem corvos que são enviados para te ajudar com mensagens/explicações dos Deuses, mas mesmo esses são muito raros depois de 10-15 minutos e não vão aparecer para te explicar porque é que a tua base é aleatoriamente atacada por animais enviados pelos deuses, porque é que os fantasmas das criaturas que matas te assombram à noite ou porque é que existe um barco viking que consegue ser visto da costa mas que decide ignorar-te.
Como todos os jogos de Survial, a sua atração e o que nos continua a trazer de volta ao jogo é o podermos explorar à nossa vontade, sem sentirmos que o jogo nos está a levar numa direção que considera “correta”. Em Valheim não existe uma forma correta de jogar, queres ser um guerreiro que salta para os inimigos com escudo e lança? Queres jogar de forma mais stealthy e matar os teus inimigos com armadilhas e de longe com arco e flecha? Preferes jogar em grupo ou sozinho? Não interessa, o jogo está pronto para te deixar progredir a jogar da forma que melhor se adequa ao teu estilo.
Sim, o jogo ainda está numa fase muito inicial do desenvolvimento, com gráficos ao estilo da PS1 (que para ser honesto são o suficiente para te deixar completamente imerso no mundo), ainda existem alguns bugs por corrigir no comportamento dos inimigo, na física do jogo, ou nas clássicas quedas para fora do mapa, mas é já um jogo bastante divertido e que mostra bastante potencial de ser uma marca do seu género.
Com um estilo de jogo muito parecido com Dark Souls (seja na forma como lida com os inimigos, a lore ou a morte) misturado com os mecanismos de Survival que todos gostamos e ainda com momentos hilariantes, como morreres porque uma árvore que cortaste te cai em cima, conseguires pôr os inimigos a lutar uns contra os outros, ou até seres surpreendido por um Levhiatan quando exploras o mar, Valheim tem tudo para dar certo.
Como todos os Survival Games que já conhecemos, o jogo tem um objetivo e uma conclusão em mente, por isso é que temos formas de medir a nossa progressão como objetos especiais colecionados, áreas do mapa exploradas e especialmente inimigos derrotados. Mas a parte mais divertida e apelativa do jogo é mesmo a exploração do mapa, do mundo e do teu próprio Viking interior.
Pessoalmente, é um jogo que todos os dias espero pelo momento para voltar ao mapa e explorá-lo com o meu Guerreiro Viking. Se jogos Survival são o teu estilo, Valheim é um jogo que tens definitivamente de jogar. Por isso junta os teus amigos, planeia o ataque e prepare-te para uma experiência Viking como nunca viveste antes.
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