The Nun – A Freira Maldita
Publicado a 06 Set, 2018

Há certas sagas que se tornam obrigatórias para o nosso grupo e temos de todos os géneros, como tal o terror não podia mesmo faltar. Uns belos gritos para os mais assustadiços do grupo e sessões de terror em noites das bruxas já se tornaram tradição. The Conjuring – A Evocação é uma das sagas que ganhámos um gostinho especial e com a extensão que este universo tem ganho, tem sido várias as nossas idas ao cinema. Nem todos os filmes conseguem alcançar bem aquilo a que se propõem, mas desde o primeiro filme que achamos que esta é uma saga boa de terror.

Foi agora a hora de mais um lançamento nesta saga. The Nun – A Freira Maldita é mais uma sequência que serve para dar a conhecer mais sobre este universo, mais precisamente sobre uma personagem que desde o inicii tem dado muitos calafrios ao público. Por essa razão, este filme tem como campanha ser o mais perturbador de toda a saga, mas será que é realmente isso que acontece?

Podemos garantir que para todos aqueles que sofrem mais em qualquer filme de terror mais sério, aqui poderão apanhar mais um monte de sustos, para os restantes não esperem muito mais daquilo que já se conhece da saga. Infelizmente, o filme não é assim tão macabro e assustador como a campanha publicitária o faz querer. Se eu morria de ataque se algo do que ali acontece me acontecesse a mim? Sim, muito provavelmente, mas para um filme de terror não está assim tão aterrorizante. Levamos com uma dose do género mais ou menos equiparada aquela que já aconteceu nos restantes filmes. Continuo a achar que o Annabelle 2 A Criação do Mal conseguiu criar mais momentos de real tensão e medo do que propriamente este filme.

Mas este filme consegue oferecer uma boa experiência cinematográfica. A realização é o ponto mais interessante, com planos muito bem conseguidos e sequências construídas de uma forma excelente para a montagem do filme. O tom que o filme marca é também característico desta saga e assenta que nem uma luva, com contrastes muito interessantes em vários momentos aliados a todo o enquadramento da cena que nos oferece uma visão espetacular.

Outra coisa que sempre foi muito boa nesta saga e continua é o som. The Nun – A Freira Maldita tem a módica quantia de duas músicas a compor a banda sonora. A primeira é já bem conhecida pelos fãs, a segunda foi construida em especial para “esta” freira. Posso mesmo dizer que a montagem do som foi aquilo que mais sustos me pregou durante toda a duração do filme.

A caracterização dos vários personagens está especialmente interessante. Isso aliado a um elenco que apesar de consistir em nomes pouco sonantes da indindúst demonstram um trabalho muito bem feito. Mas é talvez com Bonnie Aarons que mais se destaca o trabalho de caracterização. A freira é realmente assustadora desde o primeiro filme onde surge e aqui, onde mais destaque tem consegue, nos poucos momentos onde realmente é vista, se mostrar em grande força, com um aspeto incrivelmente bem feito.

The Nun – A Freira Maldita não é o filme mais assustador deste universo, mas também não é o pior. Continua a conseguir superar o primeiro filme de Annabelle e consegue manter-se a par do segundo capítulo de The Conjuring. Destaca-se uma bela realização, com um trabalho de câmaras muito bem feito oferecendo uma experiência cinematográfica muito interessante, principalmente para o género do filme. Com certeza irá deixar o pessoal que se assusta mais fácilmente de cabelos em pé, mas não é um filme muito assustador. Termino apenas a dizer que o final deste filme encaixa com o inicin do primeiro The Conjuring e novamente, tal como em Annabelle 2, temos um universo a ser completo por várias histórias que culminam todas no mesmo. Sem dúvida um grande universo de terror que se espera continuar por mais alguns anos.

The Nun - A Freira Maldita
Capa
Insuficiente
Realizador:
Duração: 01H36M (96 min)
Distribuição:
Lançamento: 6 de Setembro de 2018
4.5
Escrito por:
Eduardo Rodrigues
Considero-me um geek da cabeça aos pés. Adoro uma boa leitura, apreciar a arte da BD e da Manga, ver de uma assentada aquela série ou anime incrível, ir ao cinema e devorar um filme e deliciar-me com uma aventura interativa nos videojogos e nos jogos de tabuleiro. Sou um adepto da mágica Briosa e um assistente fervoroso no estádio.